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Feliz Dia Internacional da Mulher

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ARTIGO: Os fantasmas da Incontinência Urinária

Fazer xixi na cama, na roupa, sem controle, faz parte da nossa vida na infância até o momento em que, naturalmente, passamos dessa fase aprendendo a controlar a urina. Mas se para as crianças muitas vezes há trauma e constrangimento nessa época o que dizer quando o assunto acomete a vida adulta? Pois a Incontinência Urinária (IU) é um fato bem mais presente na vida das pessoas do que faz pensar nossa imaginação.

Muitas vezes acreditamos que os episódios de IU são exclusivos de pessoas idosas ou que são portadoras de alguma enfermidade. Ledo engano. Estudos mostram que a perda involuntária de urina pode acometer até 50% das mulheres em algum momento de suas vidas. E o sexo feminino representa o dobro dos casos em relação aos homens. Com isso percebemos que esse desagradável problema está nos rondando. A importância que o tema tem é tão grande que o dia 14 de março foi definido como o Dia Internacional da Incontinência Urinária.

Parece-nos que o principal problema nessa questão é o comprometimento psicológico. A pessoa acometida pelo distúrbio tem baixa auto-estima. Preocupa-se com a possibilidade de cheirar urina, medo de sorrir, medo de perder a urina em momentos sociais, durante o ato sexual... tudo isso faz com que a pessoa fique envergonhada, o que acaba limitando suas atividades diárias e emoções, podendo até levá-la à depressão, já que o problema a impede de ter uma vida satisfatória. E o pior: as queixas nos consultórios são bem menores que a realidade, por acharem, no caso dos idosos, que isso é natural daquela etapa da vida - o que é um grande engano, pois há tratamento para todos.

As causas da IU podem ser variadas: perda por esforço, como num espirro ou tosse; perda associada à emergência miccional (quando não encontramos um banheiro a tempo); e por transbordamento, quando a bexiga fica muito tempo sem ser esvaziada. Nesse último caso há uma relação com aumento da próstata, diabetes e uso de álcool. Obviamente que em algum momento da vida um desses problemas pode ocorrer. Porém se o fato se tornar freqüente e começar a incomodar é hora de procurar um especialista. Ele é quem vai descobrir as causas reais e indicar o melhor tratamento: intervenções comportamentais, mudanças de hábito, treino dos músculos pélvicos e da bexiga e até mesmo a via psicológica.

Portanto se a IU tem feito parte de sua vida é hora de procurar ajuda de um especialista. Viver pelos cantos, afastado da sociedade por um problema que pode ser contornado não é bom. O corpo e a mente agradecem.

*Carmen Fernandes é Psicóloga, Terapeuta Sexual e Professora do Curso de Pós-gradução em Sexualidade da Famerp.
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